Começo o segundo número desta rubrica com cunho pessoal, pois esta é uma figura pela qual nutro um carinho especial. Nos meus tempos de infância, em época estival, guardo na memória a recordação de estar a caminhar para a praia com todos aqueles apetrechos necessários ao bom banhista, e de pedir aos meus pais que me comprassem uma BD qualquer, ou um daqueles almanaques mais espessos (em dias de mais sorte), pois devorava tudo num instante. O meu pai, leitor assíduo de periódicos, recomendou-me um dia o Recruta Zero, visto eu ter a mania da Disney naquela altura. “Leva este que te vais fartar de rir. É muito engraçado. Vais adorar!” Ora, como qualquer petiz, anui de imediato. E pronto, a partir daquele dia longínquo ficaria para sempre ligado ao Recruta Zero, que mais tarde vim a descobrir chamar-se Beetle Bailey, no original, pela capacidade que continua a ter em alegrar qualquer espírito.
Em jeito de nota e a saber, Zero circula hoje em dia em mais de 1800 jornais, em cerca de 50 países e é lido por mais de 200 milhões de pessoas diariamente (eu sou um deles). Sobre o autor de Beetle Bailey, Mort Walker, ele fundou o “Museum of Cartoon Art”, o primeiro museu dedicado à preservação e dignificação da arte dos comics. Actualmente é conhecido como “The National Cartoon Museum”.
Walker publicou vários livros sobre a personagem. Alguns dos mais famosos são “50 Years of Beetle Bailey” (2000), “Beetle Bailey Celebration” (2005), “The Best of Beetle Bailey” (2005), todos eles no seu original e, pela mão da Opera Graphica do Brasil, “Recruta Zero”, uma compilação com o melhor da personagem desde os primórdios dos anos 50, fazendo uma abordagem evolutiva durante as décadas seguintes até aos anos 90. Em relação a este último, como pude comprovar o seu verdadeiro interesse e valor, é realmente uma boa leitura para aqueles que desejam conhecer Zero ou simplesmente recordá-lo, pois a obra compila o melhor de sempre Beetle Bailey.
Boas leituras!
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Mauro Bex : maurobindo
2 comentários:
Cresci com o Recruta Zero, e achava que ele falava brasileiro.
Obrigada aos meus pais que me deram outras pérolas, como o Mandrake e o Fantasma :)
Com um bocadinho de sorte, ainda escrevo uma rubrica sobre esses dois um dia destes. Até lá, tenho de pensar em qual será o próximo histórico a vir à tona memórias de outros tempos.
Bejufas!
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