terça-feira, janeiro 23, 2007

Capas do 9ª #5 - HULK #94

Capa por: Jose O. Ladrönn

Existirá ser mais poderoso, feroz, possante e grandioso que Hulk? Poucos. Talvez mesmo nenhum se possa orgulhar de o ser. Esta capa vem provar grande parte dessa fama do alter-ego de Bruce Banner, sendo que Hulk é daquelas figuras que não se fica pela fama. Ele tira todo o proveito do seu estatuto. Quem o conhece, sabe que assim é. Fera indomável, encontramo-lo nesta capa como gladiador.

O motivo de fundo tem a ver com o arco da história da série em curso, em que a besta verde se insere. Lançado no espaço para longe da Terra pelos Illuminati, com a desculpa de não voltar a causar morte e destruição no planeta azul, Hulk acaba por descobrir o verdadeiro motivo que o levou a entrar na cápsula. Explode de raiva durante a sua viagem, danificando o seu meio de transporte e alterando a rota original do mesmo, que o levaria até um planeta desabitado, um local sem riscos de ser consumido pela sua cólera. Como toda a acção tem uma reacção, a de Hulk fá-lo aterrar em Sakaar, um mundo regido por um sistema ditatorial. Este aparato acaba por reduzir muito a força e energia de Hulk. É capturado pelos nativos, feito escravo, sendo mais tarde transportado até à Grande Arena, palco de lutas onde tem de provar e mostrar todo o seu poderio, e conquistar a liberdade.

É neste ponto de viragem da série que entra a capa eleita deste mês. Equipado a rigor com as vestes e utensílios de um gladiador, “Green Scar” (termo pelo qual é conhecido e tratado neste mundo) apetrecha-se o melhor que pode, tanto a nível bélico como a nível de companhias. Sobreviver é o lema e o seu rosto assim o prova. Aspecto pesado, decidido e rude, as cicatrizes do seu rosto mostram um ser habituado ao campo de batalha. No entanto e ao contrário do que se possa pensar, estas cicatrizes não se alojaram na sua mente. Pelo contrário, dão-lhe capacidade de discernimento. Essa aptidão para o juízo rápido prova ser fulcral no desenrolar da sua personalidade e também para a sua sobrevivência. Capacete usado e marcado, escudo amassado e ferrugento, lança gasta e tocada; todos estes maus prenúncios levam-nos a colocar uma questão: irá o Incrível Hulk sucumbir diante dos seus inimigos? Sem dúvida que não. Num mundo que não o seu, a face do herói verde consegue (apesar de tudo jogar contra as probabilidades) ainda assim, transparecer o seguinte: quem vier tomba! Disto eu não tenho qualquer dúvida.
Boas leituras!

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Mauro Bex : maurobindo

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Leituras FDS #1 - Virgin´s Trip

Esta rubrica vai propor aos visitantes do blog uma sugestão de leitura para o fim-de-semana. Os títulos recomendados serão sempre livros já lidos por mim, para que sejam diferenciados das outras matérias divulgadas, pois nem sempre dá tempo para ler tudo. Lanço também o desafio a quem tenha um blog sobre BD, e que, porventura visite o 9ª Arte, que divulgue esta ideia/sugestão no seu espaço, contribuindo para uma maior adesão à leitura de BD. Se puderem passar a palavra fico muito grato.

Este era o mote de abertura para uma rubrica que durante meses andou esquecida. Esteve praticamente extinta, pois tinha-me esquecido completamente da sua existência. Para marcar o seu regresso, nada melhor que Banda Desenhada nacional.


É sempre gratificante terminar a leitura de um bom livro. Faz-nos querer voltar a lê-lo vezes sem conta. Virgin´s Trip pode ter essa componente aliciante a seu favor. Livro de leitura relativamente rápida (a estória divide-se em 4 pequenos capítulos), não perde, muito pelo contrário, a sua complexidade narrativa. Escrito de forma inteligente, somos transportados para uma realidade que provavelmente não estará assim tão distante (de referir para quem nunca contactou com o livro, que este está totalmente escrito em inglês, retrovertido do português). Pelo menos no que diz respeito a mentalidades o meio não foge muito à regra. Surgido da mente de uns quantos senhores (Pepedelrey, JCoelho, Rui Gamito e Rui Lacas), é uma obra que precisa ser lida com alguma atenção, pois foge ao cliché da facilidade de compreensão instantânea que caracteriza muita coisa que por aí circula. Quero com isto dizer que é daqueles livros ao qual convém despender totalmente o tempo a que nos comprometemos para a sua leitura, sem dispersões, sem televisão ligada a trautear flashadas nauseabundas, sem ficar constantemente a olhar para as horas, sem estar com pressa de ir à rua passear o cão, mesmo sabendo que durante a sua curta existência este é o nosso eterno companheiro (programem a passeata para algum momento anterior ao da leitura).

Referindo companheirismo, é disso que o título trata, abordando questões várias, levando-nos a entender e mostrando-nos que por muitas mulheres que existam, no fundo o que perdura são as amizades. Fala-nos também de virgens que não o são, mas que as há, há. Bonecas cibernéticas, naves que se pilotam como se fosse sempre a primeira vez na vida (aqui sim, o conceito de virgindade e transformação final), seres de todos os cantos da galáxia que se encontram ao fim do dia, tarde ou noite para uma boa sessão de copos (como o mais comum dos mortais já vivenciou). Os diálogos são ricos e aprazíveis de ler. A organização e disposição dos elementos artísticos é arrojada, pois cada página comporta apenas uma só prancha, criando uma experiência diferente ao leitor, deixando que cada página seja individualizável e que tenha vida própria, sem nunca ser indissociável das restantes. Se não estamos perante uma raridade, tenho de classificar o acto desta publicação, no mínimo como digno de registo para a posteridade. Virgin´s Trip quebra paradigmas de narração, de composição, de aposta num mercado, que quanto a mim parece estreitar-se cada vez mais, sem fugir ao seu ideal, ao seu corpo e alma própria e que lhe estão embutidos, conquistando um lugar de destaque nas publicações de 2006. Dou-lhe nota alta pela qualidade inerente à obra, pela sua versatilidade. Sem dúvida um dos livros de Banda Desenhada nacional do ano transacto. Bem dita 4ª Feira Laica, onde pude adquirir o meu exemplar. Parabéns à rapaziada!
Uma pequena curiosidade que se prende com o tipo de abordagem à cor e traço utilizados ao longo de Virgin´s Trip. Num livro que li recentemente, “Mort Grim” de Doug Fraser, estas duas componentes são muito semelhantes, principalmente pelos tons amarelados e escala de cinzas, que no título português são mais carregados pelo tipo de ambiente em que se passa a acção. Se por ventura tiverem possibilidade, leiam-no também. No mínimo interessante.
Boas leituras!


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Mauro Bex : maurobindo

sexta-feira, janeiro 19, 2007

PIC(K) OF THE WEEK #11


Dave Devris: Hulk


Mauro Bex : maurobindo

Morgul Lord

Mais uma estátua já extinta da inteira responsabilidade da Sideshow, o Morgul Lord, Witch-King of Angmar. É dito que não perecerá pela mão de nenhum homem mortal.



A Good´N´Evil conseguiu desencantar um exemplar perdido num qualquer armazém. Será esta a minha sina?


Mauro Bex : maurobindo

terça-feira, janeiro 16, 2007

IRON MAN: o filme


Com estreia prevista para dia 2 de Maio de 2008, muito caminho ainda há a percorrer para que tenhamos algo mais concreto sobre este filme. Certezas até ao momento, a de que Robert Downey Jr. será Tony Stark e Jon Favreau o realizador. Deixo aos admiradores e seguidores desta personagem um primeiro esboço do que será o cartaz desta adaptação à 7ª arte. A casa das ideias anda muito em alta.


Mauro Bex : maurobindo

Banda Desenhada & Saúde


Nunca é demais referir casos como este, pois são exemplos de como a Banda Desenhada pode ter várias facetas e utilidades. Neste caso concreto, a visada é a Saúde, informando e dando apoio aos cidadãos dos states, mais precisamente da cidade de São Francisco. Deixo-vos uma pequena amostra dessa informação com o respectivo link para o sempre actualizado BDesenhada.com.

Um estudo recente demonstrou que a campanha norte-americana Pénis saudáveis reduziu os casos de sífilis na comunidade homo e bissexual de São Francisco.
(Leia a nootícia na sua totalidade aqui.)
(Notícia mais completa na PLoS Medicine)


Mauro Bex : maurobindo

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Históricos do 9ª #0: CONAN


Este personagem vai fazer as honras da casa, sendo o 1º escolhido para inaugurar a rubrica “Históricos do 9ª”. Como já repararam falo de Conan, figura mítica (convém, pois caso contrário não teria feito parte dos possíveis candidatos a constar aqui) do mundo Fantástico, que depois de percorrer o universo literário, acabou sendo representado em Banda Desenhada, cinema e séries de TV. Avancemos então com algumas curiosidades do seu percurso histórico.
Criado por Robert E. Howard, Conan foi publicado pela primeira vez em Dezembro de 1932, com o título “The Phoenix on the Sword”, na conceituada revista Weird Tales. Howard, durante a sua curta vida (1906-1936) imortalizou várias personagens, entre elas King Kull, Salomão Kane e Red Sonya (não confundir com Red Sonja, criada em 1974 por Roy Thomas; leia aqui a propósito), mas foi sem dúvida o Bárbaro que recebeu maior aceitação por parte do público, sendo hoje uma das principais referências masculinas do género Fantástico, muito por culpa do filme de 1982 “Conan – O Bárbaro”. Ao referirmos Conan, automaticamente nos é trazido à memória a imagem do agora Senador da Califórnia. Logo, está mais que provado que o Cimério é uma figura histórica que faz parte do imaginário de muito boa gente.

Mas e então na BD? Bem, o percurso nesta área começa por volta de 1970. Nessa época foi a Marvel quem apostou neste herói, com a dupla Roy Thomas (enredo) e Barry Smith (arte) à frente da série, que se manteve no activo durante 275 números (até 1993)! Abriu-se assim uma nova porta e muitos foram os artistas e colaboradores que se conheceram até ao término desta aventura. Mas estes dois primeiros senhores foram quem deu o impulso inicial a Conan para um novo público, os amantes da 9ª arte. Mais tarde John Buscema assumiu o comando artístico da série, catapultando-a e fazendo disparar as vendas de Conan pelo toque selvagem que deu à personagem. Este foi provavelmente o artista que mais trabalhou o Bárbaro no mundo da BD. É bem notório nas imagens anexas, a diferença entre o traço de Buscema e o de Barry Smith. Um traço mais forte, marcante e carregado no 1º artista, enquanto o 2º o representava de forma mais sinuosa, subtil, com um certo ar de magia demasiadamente vincada.

Findada a antiga série dos anos 70, que como já referi se estendeu até 1993 (23 anos), a Marvel, que era a detentora dos direitos de Conan, fez mais algumas apostas para o ano de 1994: “Conan Classic” (de Junho de ´94 até Abril de ´95) e “Conan” (a chamada série de 1995) que se prolongou desde Agosto de ´94 até Junho de ´96. Parece que o sucesso não foi o esperado, daí nenhuma das duas séries ter tido uma duração extensa, pois não chegaram a durar 2 anos. Mas pelo meio foram surgindo muitas outras, sempre pela mão da casa das ideias, como por exemplo “Conan The Adventurer”, “Conan Saga”, “Conan The King” e alguns arcos especiais tais como “Conan The Barbarian - Movie Special”, “Conan The Destroyer”, “Conan vs. Rune” e a derradeira publicação da Marvel “Conan: Flame and the Fiend” de 2000, que contou apenas com 3 números.

Seguiu-se depois um interregno de 4 anos, uma espécie de limbo para Conan, sem se saber quando voltaria a existir uma editora disposta a adquirir os direitos necessários para uma publicação regular. Chegado o ano de 2003 a Dark Horse Comics (DH) e a Conan Properties International anunciavam o que muitos esperavam há anos. Em Março de 2004 arrancaria uma nova história baseada na personagem criada por Howard, adaptada a partir dos contos já existentes. Para equipa criativa foram seleccionados Kurt Busiek (argumento/adaptação) e Cary Nord (desenho), de forma a dar novamente vida ao herói, trazendo Conan ao conhecimento de um público mais jovem, mais moderno, décadas depois das histórias de Howard terem nascido, dando a estas um tratamento mais do que merecido, após alguns anos de incertezas. O facto de a DH ter “pegado” na personagem, cedo deu os seus frutos. Como iniciativa, e de maneira a cativar novos leitores e a trazer os antigos fãs de volta às leituras desta personagem épica, a editora publicou “Conan #0: Conan The Legend” com o preço de 0,25$, exactamente o mesmo preço aquando da primeira aparição de Conan na revista Weird Tales, em Dezembro de 1932. Este número é um prelúdio à série regular que a partir daí ganhou embalagem, continuando de vento em popa até ao dia de hoje com “Conan #35”. De referir também que este issue #0 ganhou em 2004 um prémio Eisner para “Best Single Issue”. Antes de terminar, quero agradecer à DH por ter publicado já 11 compilações (os famosos TPB´s) dos antigos arcos publicados originalmente pela Marvel, um verdadeiro doce para os amantes da personagem e do género. Fico a aguardar o 12º tomo.

No fim de tudo isto talvez se perguntem se Conan é realmente um histórico da 9ª arte, pois não foi uma personagem criada de raiz neste universo artístico, mas transitou do universo literário para muitas outras formas arte, a Banda Desenhada incluída. No fim de contas, talvez ele o seja para muitos. O sucesso dos comics na DH assim o confirmam. O seu passado na Marvel cimentou Conan como figura ímpar na 9ª arte. Por estes e muitos outros motivos, elegi Conan como o Histórico nº1, aquele que vai trazendo esperança a muitas outras personagens.
Boas leituras!


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Mauro Bex : maurobindo

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Históricos do 9ª #0: CONAN (pré-publicação)


Como espécie de pré-publicação, fica para conhecimento dos visitantes deste espaço que Conan será o primeiro a figurar na galeria dos Históricos. O texto está quase concluído. Basta aguardarem mais um pouco, pois está para breve. Aí perceberão o porquê desta escolha. Até breve.
Boas leituras!


Mauro Bex : maurobindo