... não uma pessoa, mas sim um livro.
A censura nos states é tal, que até nas prisões, onde indivíduos simpáticos e amistosos pernoitam, são injustiçados e privados de livros que tenham linguagem imprópria (vulgo palavrões), que mostrem sangue, morte, violência, conteúdos sexuais explícitos e mais um rol de coisas más para os reclusos. De quem poderia ser tal livro... ah, olha... é do Ben Templesmith!
Haverá aqui uma série de coisas que não fazem sentido (ou talvez mesmo tudo), ou é a minha imaginação a viajar na maionese? Ía jurar que esta cópia em anexo era passível de ser encontrada numa escola pré-primária... de Portugal, claro está!
Estes gajos nunca irão mudar...
Mauro Bex : maurobindo
4 comentários:
Eu não percebo como se pode ser tão hipócrita! Já nem dá para contar os casos com situações puritanas no país com a sociedade mais violenta do mundo...
Bem...com conhecimento de causa, os EUA são, no seu todo (porque há casos de Estados onde ainda é mais flagrante), uma enorme hipocrisia. Recentemente no Today Show - equivalente aos programas da manhã em Portugal - uma conhecida actriz fala da sua participação na peça de teatro "Monólogos da Vagina" e diz "cunt" (que é um grande palavrão nos EUA, ao contrário de "Fuck" que se vulgarizou, embora seja proibida fora do Cable TV) gerando polémica, falatório, queixas de todos os sectores, mesmo dos liberais. Os mesmos que se calam quando na TV em sinal aberto dão filmes e séries onde a violência é extrema e as queixas são praticamente inaudíveis.
A primeira polémica em Portugal de que me lembro foi a gerada com a passagem na RTP – não havia privada – do filme "Pato com Laranja" (filme Italiano); sei que era novo, que os meus Pais deixaram-me ver o filme com eles e todos nós rebolámos a rir com o mesmo (mostrava umas mamócas, rabos e algumas posições sem saírem. No dia seguinte foi ver e ouvir as "virgens ofendidas" do nosso País. Anos depois, no canal dois - não sei se já havia privada - foi o filme Japonês "O Império dos Sentidos"...quer dizer, acharam uma indecência mas viram até ao fim!
Este número 8 da série "30 Days of Night" é passado na Segunda Guerra Mundial, na frente Russa, por tal é muito natural que os personagens não gostem muito uns dos outros, não é?! E depois, outros personagens são Vampiros... ou será que também os jovens institucionalizados terão que ter em conta que, embora seja ficção, têm que ter paciência com eles, não os odiar e abraçá-los fraternamente (a Vampirada agradeceria, claro!).
Esses jovens também não podem ver escritas as palavras Shit, Damn, God Damn e outras do género que são realmente muito ofensivas e propensas a levá-los ainda mais à delinquência...pois é! As casas de correcção Norte Americanas são exemplares, os seus dirigentes e pessoal são pessoas acima de qualquer dureza, linguagem extrema e quem sabe, maldade. Isto não querendo falar na rapaziada que por lá anda...devem ser todos uns meninos do coro, não é?!!!
Nem a leitura do Mein Kampf devia ser proibida a esses rapazolas, se bem que devidamente acompanhada por alguém que soubesse explicá-lo com o enquadramento correcto. Mas claro que isso seria muito arriscado – nunca sabe para onde pende a cabeça da juventude – então nem o Norman Miller, quanto mais o sacripanta do Adolfo…vadé retro.
Eu acho muito bem! Acabemos com tudo o que nos possa distrair do nosso objectivo, como carneirada que somos: o aumento da produção e lutar contra os nossos imaginários, inventados, ou cultivados – mas muito úteis – adversários. O George é que tinha razão, enganou-se foi no Ano.
Quanto ao Ben, vou continuar a comprar as coisinhas dele.
Pois é, eu e as palestras!
Esta é mais curta e serve de adenda à anterior:
Vejam o que aconteceu ao Harvey Kurtzman e ao Bill Gaines aquando da publicação dos Tales from the Cript. Ainda hoje, em todos os comics, lá se vê o selo, qualquer coisa como: Autorizado pela autoridade de supervisão dos comics (não, não tenho nenhum agora aqui comigo!). É uma tradição Norte-Americana! No caso dos TftC foi uma benção para os Comics, ao fim-e-ao-cabo, tiveram projecção nacional com direito a prime-time e explicações convincentes vindas do génio de ambos os criadores, mudando opiniões e atraindo mais curiosos; alguns tornaram-se true believers.
Espero que Nova Iorque seja bem mais liberal, pois é famosa por não seguir à risca o modelo do resto do país. Estou com grandes expectativas.
Quanto ao Ben, irei sempre ler (principalmene ver) os seus trabalhos, pois é dos meus artistas de eleição.
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