Inspirado no épico indiano “Ramayana” de Valmiki, “Ramayan 3392 A.D.” procura inserir o leitor numa realidade temporal bem distante da original, como o próprio subtítulo nos indica, no ano de 3392. A base do conto é a mesma com todos os principais intervenientes e locais presentes, mas digamos que é um recontar da obra original, adaptando-a a uma possível realidade futura (no #6 ficamos a perceber muita da tecnologia e mentalidade de um dos últimos bastiões humanos do planeta). Refiro que este post visa abordar a 1ª fase desta estória editada pela Virgin Comics, do #1 ao #8.
Após o cataclismo final que assola toda a humanidade, uma espécie de 3ª Guerra Mundial entre 7 super potências, o mundo fica dividido em dois continentes, Aryavarta e Nark (humanos e Asuras – demónios). Armagarh é a cidade humana mais importante de Aryavarta, pois é a única a receber luz solar enquanto o resto do mundo vê pairar sobre si uma escuridão eterna.
Rama, personagem principal, e seus três irmãos (Lakshman, Bharat e Shatrughan) são agrupados a dois e destacados para duas zonas onde a ameaça Asura representa maior perigo. Rama e Lakshman, Bharat e Shatrughan viajam para Janasthan e Khundgiri respectivamente, de forma a colocarem um travão nas ofensivas inimigas.
A partir deste instante, o enredo passa a girar à volta de Rama. Assistimos à separação dos irmãos e à sua partida para os respectivos postos. A primeira dupla chega a Janasthan para a defesa do forte local. Ocorre depois uma grande batalha nessa região onde os dois irmãos passam por um episódio marcante: Laksh (nome pelo qual Rama o trata) é ferido com gravidade e fica inconsciente, mas acaba sendo salvo por Rama, que consegue negociar com o inimigo de maneira a salvar os sobreviventes da batalha travada, sabendo que o preço desse acordo é a fortificação de Janasthan.
Ao recuperar, Laksh não perdoa ao irmão a rendição, pois como guerreiro Kshatriya essa hipótese nunca devia ter sido levada em consideração. Assistimos então à grande reviravolta na estória, ao exílio de Rama, que se vê obrigado a virar costas à sua querida Armagarh, por ter seguido o bom senso e ter feito o que achava correcto para com o seu povo, apesar de ir contra os ideais Kshatriyas. Mas nem tudo o que parece assim o é, e o ambiente de conspiração que reina na cidade ameaça toda a humanidade.
É depois dado um salto temporal no enredo, catapultando-nos para uma outra fase de desenvolvimento da estória, altura essa em que a esperança da raça humana contra os demónios Asuras pende por um fio.
Como é hábito no 9ª, ficou dado o mote de abertura para os interessados, sobre aquilo que podem encontrar neste título, numa primeira fase. Recomendo sempre que a partir daqui a estória seja lida, caso seja do comum interesse de algum de vós. Caso contrário, deixem-se ficar. Mas normalmente o melhor fica sempre para o fim… Fica ao vosso critério.
Após o cataclismo final que assola toda a humanidade, uma espécie de 3ª Guerra Mundial entre 7 super potências, o mundo fica dividido em dois continentes, Aryavarta e Nark (humanos e Asuras – demónios). Armagarh é a cidade humana mais importante de Aryavarta, pois é a única a receber luz solar enquanto o resto do mundo vê pairar sobre si uma escuridão eterna.
Rama, personagem principal, e seus três irmãos (Lakshman, Bharat e Shatrughan) são agrupados a dois e destacados para duas zonas onde a ameaça Asura representa maior perigo. Rama e Lakshman, Bharat e Shatrughan viajam para Janasthan e Khundgiri respectivamente, de forma a colocarem um travão nas ofensivas inimigas.
A partir deste instante, o enredo passa a girar à volta de Rama. Assistimos à separação dos irmãos e à sua partida para os respectivos postos. A primeira dupla chega a Janasthan para a defesa do forte local. Ocorre depois uma grande batalha nessa região onde os dois irmãos passam por um episódio marcante: Laksh (nome pelo qual Rama o trata) é ferido com gravidade e fica inconsciente, mas acaba sendo salvo por Rama, que consegue negociar com o inimigo de maneira a salvar os sobreviventes da batalha travada, sabendo que o preço desse acordo é a fortificação de Janasthan.
Ao recuperar, Laksh não perdoa ao irmão a rendição, pois como guerreiro Kshatriya essa hipótese nunca devia ter sido levada em consideração. Assistimos então à grande reviravolta na estória, ao exílio de Rama, que se vê obrigado a virar costas à sua querida Armagarh, por ter seguido o bom senso e ter feito o que achava correcto para com o seu povo, apesar de ir contra os ideais Kshatriyas. Mas nem tudo o que parece assim o é, e o ambiente de conspiração que reina na cidade ameaça toda a humanidade.
É depois dado um salto temporal no enredo, catapultando-nos para uma outra fase de desenvolvimento da estória, altura essa em que a esperança da raça humana contra os demónios Asuras pende por um fio.
Como é hábito no 9ª, ficou dado o mote de abertura para os interessados, sobre aquilo que podem encontrar neste título, numa primeira fase. Recomendo sempre que a partir daqui a estória seja lida, caso seja do comum interesse de algum de vós. Caso contrário, deixem-se ficar. Mas normalmente o melhor fica sempre para o fim… Fica ao vosso critério.
Quanto à arte, essa é das melhores com que tive a sorte de me cruzar nestes últimos meses. Ela está a cabo de Abhishek Singh, enquanto que a escrita é da responsabilidade de Shamik Dasgupta, numa ideia da autoria de Deepak Chopra e Shekhar Kapur. O senhor Abhishek domina o desenho como poucos, sendo para mim, uma das apostas futuras de grande, grande valor. O seu traço não é comum e foge bastante ao tradicional género comic americano a que estamos habituados. É arrojado, cativante e muito belo. Deixo-vos a galeria da Virgin Comics no flickr para que possam ter acesso a muitos dos desenhos de Abhishek. Um talento a ter muito em conta.
Entretanto, boas leituras para todos!
Mauro Bex : maurobindo