Continuando, encontramos 17 Autores Portugueses Contemporâneos, local onde convém perder algum tempo, pois o conteúdo é vasto, variado e verdadeiramente compensador. Digo isto, pois percorri o percurso a passos largos e o tempo que gastei ali soube-me a muito, muito pouco. Ainda assim, só me apetece voltar e compensar o tempo que não tive naquela altura. Penso ser um agradável ponto de apreciação e contemplação do que de melhor se faz por cá.
Mais umas passadas e o percurso em U entra na sua recta final. O recinto de exposições do piso 0, conta ainda com a presença de um espaço inteiramente dedicado à obra Decálogo, de Frank Giroud, com os 10 tomos expostos para consulta e respectivas maquetes de alguns dos locais mais importantes dessa BD. Por último, temos Os Lusíadas, de José Ruy e Lailson. Aqui só tive tempo de espreitar, mas vale a pena.
Por fim, resta-me falar do espaço central, do núcleo do festival (se assim o posso afirmar), onde se desenrolam as sessões de autógrafos, a nata deste evento. A circundar este núcleo estão as editoras e lojas que melhor representam a BD em Portugal, a ASA, a VitaminaBd, a BdMania, a KingPin of Comics, a Devir, a Casa da BD, a MongorHead, a Polvo, uma banca com a venda do BD Jornal e HLComix (penso ser da pedranocharco) e outros tantos fanzines (peço desculpa pela omissão dos restantes presentes, mas a minha visita foi a correr e foi o que vislumbrei e me ficou na retina).
Em relação aos autógrafos, os presentes para deixarem o rabisco eram muitos e famosos, incluindo o já referido Frank Giroud e o “nosso” grande José Carlos Fernandes, entre outros. Mas o meu destaque vai para a “nova geração”, para aqueles que finalmente tiveram uma porta aberta para mostrarem o seu potencial criativo. Falo mais concretamente de Fernando Dordio, Filipe Teixeira e Carlos Geraldes, argumentista, desenhador e colorista (respectivamente) de C.A.O.S. e, Mário Freitas (que também legenda C.A.O.S.), Carlos Pedro e GEvan (também presente em C.A.O.S. e SUPER PIG), argumentista e arte-finalista, desenhador e, designer e ilustrador (respectivamente) de SUPER PIG. O mais engraçado é que depois de os ver percebi que o Filipe Teixeira e o Carlos Geraldes eram os mesmos que tinham sido meus colegas de faculdade, pois pelo nome não os reconheci. Foi uma surpresa muito agradável e desejo-lhes as maiores felicidades para o seu trabalho. Importante presença foi também a de Derradé, que estava de saída assim que cheguei. Este homem continua a remar sozinho contra a maré nacional, com a sua publicação HLComix, que tanta falta faz no nosso país. Fica prometida outra visita ao FIBDA para que ele possa deixar a sua marca nas minhas HLComix.
Por fim, as editoras. Destaque fundamental para a Kingpin, que com C.A.O.S. e SUPERPIG, passa a ser a única editora portuguesa a publicar material com conteúdo nacional, em formato comicbook. Força rapazes! Fundamental também é a presença da BdMania como nova editora de Banda Desenhada, curiosamente também influenciada nos comics, mas trazendo uma inovação, um género de aliança transatlântica, ou seja, super-heróis retratados por artistas europeus e editados em formato europeu (fraco-belga de capa dura). A BdMania publicará ainda story-arcs fechados sobre super-heróis, de forma a não abrir precedentes como já foi feito no passado por outras editoras, inovando no plano estratégico.
Para animar o espaço durante o período de funcionamento do Festival, várias bandas vão marcando presença. Consultem a programação para mais informações sobre o FIBDA´06.
Espero que todos aqueles que não visitaram o FIBDA o façam depois de lerem este pequeno “resumo” do que podem encontrar por lá, sabendo que todos os dias serão diferentes. Se já fizeram essa visita, que tal voltar?
Nota: Este artigo pode ser visualizado em BDesenhada.com, onde podem ter acesso a mais fotos do Festival.
Mauro Bex : maurobindo
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