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domingo, maio 30, 2010

Leituras de FDS #22 - Homem-Aranha: Azul



Peguei neste livro passados uns 2 ou 3 anos de o ter comprado. Às vezes é assim, acontece bastante, olhar para a estante, não pensar e retirar o "escolhido". E lá vamos nós para momentos em boa companhia.
Foi isso que senti ao ler este Homem-Aranha: Azul, de Jeph Loeb e Tim Sale, que pelos vistos são considerados uma "dupla maravilha" e eu acho que percebi porquê. A história é sobre a falecida Gwen, ou melhor, de como ela e o aranhiço quase não se apaixonaram. O relato é feito na primeira pessoa e mostra-nos o mundo passado do repórter fotográfico e super-herói Peter Parker. Mostra-nos como eram os amigos, de como o Duende Verde fica com amnésia, de como Harry se torna amigo de Peter, de como aparece MJ, como eram travadas as lutas em New York com Rino, o Lagarto, o Abutre e tantos outros inimigos do Homem-Aranha. Mas muito mais do que tudo isto, que no fundo é uma dispersão constante na vida de Parker, esta é uma estória de amor, de como alguém se apaixona, de perda, de recordações que precisavam de ser contadas e registadas. E Peter fê-lo, pelas mãos de Jeph Loeb.
Azul, é isso mesmo, um estado de espírito que não se traduz para o português. Estar com blues é mais do que ter saudades, de sentir melancolia ou de uma tristeza que se instala. Ou talvez seja tudo ao mesmo tempo.
Deixo uma pequena nota à arte de Tim Sale, que é fantástica. Assenta como uma luva no tom em que a narrativa é contada. Em certas alturas apetecia parar, ficar ali a contemplar as formas, o traço que preenchia de forma sublime todo o espaço. Deixo algumas fotos (clicar para ampliar).















Espero que as vossas leituras continuem em alta. As minhas vão de vento em popa!
Boas leituras!


Mauro Bex : maurobindo

terça-feira, junho 27, 2006

A Saga dos Cavaleiros Dragões #1: Jaina

De volta ao activo depois de uma semana e tal de bem bom, como o vulgo chama de férias, trago até ao 9ª um daqueles casos onde expectativa a mais, por vezes nos traz desilusões. Aproveitei para colocar alguma leitura em dia e decidi fazer-me acompanhar por um livro de BD que tinha comprado há cerca de 2 meses, mais coisa menos coisa, intitulado "La Geste des Chevaliers Dragons" - em português como vem escrito no título do post. Francesismos à parte o certo é que me agarrei ao livro cheio de entusiasmo. Em primeiro lugar, pelos dragões. Qualquer coisa com dragões no enredo, merece a máxima atenção da minha pessoa. São criaturas fenomenais, com inteligência, conhecimento e sabedoria, dignas de fazer inveja à grande maioria dos mortais (mas a estória aqui é outra). Depois, porque que me "cheirou" que o título tinha possibilidades de ter algum potencial, assim como se fosse qualquer coisa do género épico ou fantástico, carregado de mística medieval negra. Desculpem o termo, mas lixei-me! Para mim, as melhores linhas de texto, onde o argumento me parece ter conseguido atingir o seu propósito, estão na 1ª e última páginas. Respectivamente, aqui abre-se e conclui-se um ciclo (para saber mais, recomendo ler o livro). O enredo prometeu no ínicio, mas foi perdendo o seu encanto com o desenrolar da saga. Basicamente esta é uma aventura de 2 jovens virgens, que devido à ameaça de um dragão maldito, partem numa jornada de ameaça de morte constante, enfrentando monstros (neste caso habitantes de aldeias, pessoas já transformadas pela força e poder de um manto de sombra criado pelo dragão [aura], que altera tudo o que toca), tendo como auxílio uma orda de monges, que estranhamente parecem ter algo a ver com tudo o que se passa nesta região do mundo, pois a maldição parece não afectar os residentes da sua fortaleza. Muito importante, é o facto destas Cavaleiras, por não terem sido desonradas, por manterem a sua pureza (são virgens), não são possíveis de serem atingidas pela maldição e, mais impotante ainda, podem aproximar-se do dragão sem serem detectadas por este; todas as tentativas feitas por humanos para derrotar a besta, provaram ser infrutíferas, pois este detecta a presença humana quando esta ando por perto. O final deste primeiro tomo causou-me alguma surpresa, querendo com isto dizer que não estava à espera do tipo de desfecho atingido; foi uma boa lufada de ar fresco.


Quanto ao desenho nada tenho a apontar, estando o português emigrado em França, Varanda (que desenha apenas este 1ª número da série), à altura do desafio; aqui cumpriu-se com o pretendido. Quanto à utilização da cor, poderia ter sido um pouco mais trabalhada. As cores ténues e suaves ajudam a acentuar os cenários e as paisagens retratadas, mas falta um pouco de brilho. A impressão também não ajuda. Este é dos poucos livros da Devir, o único que tive nas mãos, que foram editados em capa dura. Normalmente neste tipo de edições a impressão deveria ser melhor. Não é o caso. Por vezes as páginas estão meio desfocadas, dando quase vontade de colocar uns óculos 3D na cara para conseguir ler e apreciar o conteúdo. Por vezes faltam letras às palavras; parece que foram comidas. Quanto à tradução, aí tinha de ler o original para fazer um juízo concreto e honesto. A encadernação, esta sim, está 5 estrelas.

Dito tudo isto, ainda assim recomendo uma leitura. Esta faz-se de forma breve, pois o livro não tem muitas páginas. Pena só existir em Portugal uma edição desta série, que em França já vai no número #4. Mas nada como encomendar os originais. Para finalizar deixo algumas fotos do meu exemplar e, a capa francesa original, que difere da nossa num pequeno pormenor. Descubra as diferenças! Boas leituras!





Disponível em Portugal na Fnac. O meu exemplar foi adquirido na BdMania. E provavelmente, disponível também na Devir. Orinal em francês, na amazon.fr. Não esquecer que o livro já foi editado em 2001, se não me falha a memória, mas com jeitinho tudo se consegue.


Mauro Bex : maurobindo

sexta-feira, maio 12, 2006

Leituras FDS #0 - Wolverine Origem

Esta rubrica vai propor aos visitantes do blog uma sugestão de leitura para o fim-de-semana. Os títulos recomendados serão sempre livros já lidos por mim, para que sejam diferenciados das outras matérias divulgadas, pois nem sempre dá tempo para ler tudo. Lanço também o desafio a quem tenha um blog sobre BD, e que, porventura visite o 9ª Arte, que divulge esta ideia/sugestão no seu espaço, contribuindo para uma maior adesão à leitura de BD. Se puderem passar a palavra fico muito grato.


Wolverine: Origem, editado pela Devir, é a sugestão para este fds. Este livro foi gerado com alguma polémica. Isto porque na Marvel, os responsáveis achavam que o título seria um flop e que iria arruinar a imagem que os fãs tinham da personagem. Felizmente enganaram-se. Bill Jemas, tinha o sonho de lançar esta história, mas só Paul Jenkins partilhava desse mesmo desejo (isto enquanto comiam donuts a um canto). Espicaçado pelos dois, Joe Quesada - na altura, eleito recentemente editor-chefe da Marvel - concordou em avançar com o projecto calmamente. Depois de meses de reuniões e debates de ideias, onde continuadamente se rejeitavam todas as hipóteses, foi necessário Jemas passar alguns dias com as suas duas crianças para que juntos tentassem perceber como teria sido a infância de Logan. A infância de alguém tão implacável, mas no fim de contas, apenas uma infância...

O ínicio da história é passado na propriedade Howlett, onde habita uma abastada família, a que se junta Rose, moça orfã, para entreter e tomar conta do patrão James, um menino enfermo. A senhora Elizabeth Howlett - mãe de James - voltou de um internamento num sanatório, e nunca mais foi a mesma. O seu marido John, é um homem justo, simpático e cortês, sempre ocupado com os assuntos da quinta. O pai de John, é um "bode velho e cruel". No seio desta bizarra família,
destacam-se três jovens, que se tornam muito amigos pela proximidade de idades: James, Rose e o Cão, filho de Logan, o capataz da propiedade. E é aqui que tudo se começa a desenrolar. Cão leva tareias do pai quase diariamente, devido ao seu apetite pela bebida, não conseguindo esconder as marcas no seu corpo. Rose sabe-o, pois Cão tem um fascínio qualquer por ela. Quando James quase se afoga, o velho tenta castigar Cão, mas o que acontece é um afastamento quase natural destes amigos. Anos mais tarde Cão aborda Rose de forma agressiva e os três amigos vêem-se novamente juntos pelas razões erradas. Isto vai dar origem a uma série de acontecimentos em cadeia, desde a expulsão dos Logan da propriedade Howlett, à vingança dos mesmos sobre os antigos patrões. Nessa vingança surge a grande revelação, o verdadeiro Wolverine! A partir daqui recomendo a leitura do livro, pois se mais for revelado, a vontade de o explorar tenderá a diminuir e, a ideia é dar-vos apetite para a leitura. Acrescento que Logan e Rose fogem para longe, onde começam uma nova vida. Interessante é poder assistir ao crescimento de Logan, ao seu esquecimento e corte com o passado e das razões que o levaram até este local. É o ínicio de uma vida dura para ambos. Aos poucos Logan vai-se descobrindo a ele próprio e à sua verdadeira natureza. Perto do final, um velho conhecido surge do nada, despertando o verdadeiro Wolverine...

Abaixo junto algumas fotografias tiradas por mim, do exemplar que tenho na minha colecção. A arte é simplesmente fabulosa. O traço e a aplicação da cor formam uma harmonia perfeita para a criação de um ambiente antigo. Das melhores combinações que já vi.

Argumento: Paul Jenkins
Desenho: Andy Kubert
Cor: Richard Isanove
Capa: Joe Quesada &
Richard Isanove









Mauro Bex : maurobindo