sexta-feira, agosto 25, 2006

Literatura Fantástica #1: ERAGON - Os livros e o filme

A Trilogia da Herança (Eragon, Eldest e o ainda sem título e por editar livro terceiro – certamente começará com a letra E (Empire?), tal como os dois primeiros) foi criada por Christopher Paolini, na altura ainda um adolescente americano cheio de ideias para um mundo que acabou por criar, com grandes influências de outros autores, principalmente de Tolkien (existem coisas que acabam quase por ser idênticas, como o mapa de Alagaësia, mas adiante). A sua obra ainda em construção já vendeu milhões em todo o mundo, tornando-se num fenómeno curioso de aceitação, principalmente entre o público juvenil, mas não só. Muita gente acaba por cotar os livros de Paolini como sendo literatura juvenil. Em parte verdade, em parte falácia. Nem sempre a trama é fácil, nem sempre as mensagens passadas são assimiladas nem compreendidas pelo público mais novo. É aqui que o adolescente Christopher demonstra a sua qualidade como escritor. Opiniões há muitas, cada um com a sua. Não é o tipo de discussão que pretendo criar com a análise em causa. Apenas escrevo como admirador dos livros publicados, pois para além existirem semelhanças e influências (quem não as tem), a forma como o autor passa para o papel o um mundo completamente novo é de louvar; existem ainda três novos tipo de escrita criada, a língua Antiga, a língua dos Anões e a língua dos Urgals. Não é qualquer um que com 16 anos que inicia a escrita de um livro de 400 páginas e se aventura em criar novas formas de comunicação! Há mérito, esforço e qualidade no seu trabalho. A história desta terra junta um jovem e um Dragão fêmea, um Mestre, aliados, inimigos e um senhor do mal. Com uma capacidade de descrição notável, Paolini mostra-nos como Alagaësia é, guia-nos através das suas paisagens, cidades, mostrando-nos os seus habitantes, povos e culturas multifacetadas. O destino de Eragon (personagem principal) está em derrubar o auto-coroado imperador Galbatorix, líder e senhor desta terra outrora livre. Na sua demanda, Eragon conta com os ensinamentos do contador de histórias da aldeia Brom, que mais tarde revela ser muito mais do que isso; Saphira o Dragão, montada e companheira de Eragon, desenvolve o seu conhecimento e força antigos ao longo dessa jornada, comunicando e transmitindo mentalmente todo o seu saber ao jovem companheiro. As aventuras são intermináveis, os encontros imensos e variados, enquanto as personagens não param de nos surpreender, num mundo onde nem tudo o que à primeira vista parece acaba por ser. Editados em Portugal pela Gailivro, ambos os livros da Trilogia, Eragon e Eldest, estão disponíveis em quase todas as livrarias, pois nem o nosso “rectângulo” escapou aos encantos do jovem Shur´tugal. Para mais informações sobre os livros e este mundo fantástico consultem os vários sites que vos deixo:
- Alagaesia.com

Com tanto sucesso, os tubarões do mundo do cinema e dos videojogos não podiam deixar escapar um peixe que já se mostrava muito graúdo para águas tão baixas. Assim sendo, a 20th Century Fox foi a primeira a chegar-se à frente, adquirindo os direitos da história para a passar para o grande ecrã. O casting deixa boas perspectivas, contando com actores de renome como Jeremy Irons, John Malkovic, Djimon Hounsou e o estreante Edward Speleers no papel de Eragon. O site oficial ainda está a meio gás, mas nada como dar uma vista de olhos. Fica o cartaz oficial já na sua versão final, com Saphira em voo picado. Estreia a 15 de Dezembro nos States.

6 comentários:

João Rosa disse...

Ainda tou a meio do segundo livro. A ver se lhe consigo sem o deixar fugir outra vez.
Curiosamente, no primeiro livro da trilogia, o dragão do Eragon era SEphira e no segundo livro passou a ser SAphira. Erro da Gailivro talvez...

BOa análise.

Unknown disse...

Agora que falas nisso, fui verificar e em ambos os livros está Saphira. Mas acontece que na pronúncia correcta, e eu habituei-me a ler assim, ou seja, na língua antiga, deve dizer-se SE-FI-RA. Daí a tua dúvida, pois deves fazer o que eu fazia.

João Rosa disse...

Talvez tenhamos tiragens diferentes. É que eu tenho quase a certeza que no meu livro do Eragon diz lá Sephira, sempre. Mas no segundo livro passa a ser Saphira.

Unknown disse...

Então deve ser isso. Mas pelo sim pelo não, se puderes mesmo ver, confirma-me lá isso, pois fiquei intrigado.

Abraço

João Rosa disse...

Afinal a minha confusão era outra. Estava escrito Saphira em todo o livro e depois vim a saber que se lia SE-PHI-RA. Foi aí que fiquei confuso, pois ainda achava estranha a língua antiga.

Unknown disse...

Ah bom! ;)

Bem me estava a parecer que era isso. Mas foi bom a malta trocar impressões sobre a língua antiga!

Eka aí fricai un Shur´tugal!