Esta rubrica vai propor aos visitantes do blog uma sugestão de leitura para o fim-de-semana. Os títulos recomendados serão sempre livros já lidos por mim, para que sejam diferenciados das outras matérias divulgadas, pois nem sempre dá tempo para ler tudo. Lanço também o desafio a quem tenha um blog sobre BD, e que, porventura visite o 9ª Arte, que divulge esta ideia/sugestão no seu espaço, contribuindo para uma maior adesão à leitura de BD. Se puderem passar a palavra fico muito grato.
Wolverine: Origem, editado pela Devir, é a sugestão para este fds. Este livro foi gerado com alguma polémica. Isto porque na Marvel, os responsáveis achavam que o título seria um flop e que iria arruinar a imagem que os fãs tinham da personagem. Felizmente enganaram-se. Bill Jemas, tinha o sonho de lançar esta história, mas só Paul Jenkins partilhava desse mesmo desejo (isto enquanto comiam donuts a um canto). Espicaçado pelos dois, Joe Quesada - na altura, eleito recentemente editor-chefe da Marvel - concordou em avançar com o projecto calmamente. Depois de meses de reuniões e debates de ideias, onde continuadamente se rejeitavam todas as hipóteses, foi necessário Jemas passar alguns dias com as suas duas crianças para que juntos tentassem perceber como teria sido a infância de Logan. A infância de alguém tão implacável, mas no fim de contas, apenas uma infância...
O ínicio da história é passado na propriedade Howlett, onde habita uma abastada família, a que se junta Rose, moça orfã, para entreter e tomar conta do patrão James, um menino enfermo. A senhora Elizabeth Howlett - mãe de James - voltou de um internamento num sanatório, e nunca mais foi a mesma. O seu marido John, é um homem justo, simpático e cortês, sempre ocupado com os assuntos da quinta. O pai de John, é um "bode velho e cruel". No seio desta bizarra família, destacam-se três jovens, que se tornam muito amigos pela proximidade de idades: James, Rose e o Cão, filho de Logan, o capataz da propiedade. E é aqui que tudo se começa a desenrolar. Cão leva tareias do pai quase diariamente, devido ao seu apetite pela bebida, não conseguindo esconder as marcas no seu corpo. Rose sabe-o, pois Cão tem um fascínio qualquer por ela. Quando James quase se afoga, o velho tenta castigar Cão, mas o que acontece é um afastamento quase natural destes amigos. Anos mais tarde Cão aborda Rose de forma agressiva e os três amigos vêem-se novamente juntos pelas razões erradas. Isto vai dar origem a uma série de acontecimentos em cadeia, desde a expulsão dos Logan da propriedade Howlett, à vingança dos mesmos sobre os antigos patrões. Nessa vingança surge a grande revelação, o verdadeiro Wolverine! A partir daqui recomendo a leitura do livro, pois se mais for revelado, a vontade de o explorar tenderá a diminuir e, a ideia é dar-vos apetite para a leitura. Acrescento que Logan e Rose fogem para longe, onde começam uma nova vida. Interessante é poder assistir ao crescimento de Logan, ao seu esquecimento e corte com o passado e das razões que o levaram até este local. É o ínicio de uma vida dura para ambos. Aos poucos Logan vai-se descobrindo a ele próprio e à sua verdadeira natureza. Perto do final, um velho conhecido surge do nada, despertando o verdadeiro Wolverine...
Abaixo junto algumas fotografias tiradas por mim, do exemplar que tenho na minha colecção. A arte é simplesmente fabulosa. O traço e a aplicação da cor formam uma harmonia perfeita para a criação de um ambiente antigo. Das melhores combinações que já vi.
Argumento: Paul Jenkins
Desenho: Andy Kubert
Cor: Richard Isanove
Capa: Joe Quesada &
Richard Isanove
Desenho: Andy Kubert
Cor: Richard Isanove
Capa: Joe Quesada &
Richard Isanove
Mauro Bex : maurobindo
4 comentários:
E a tradução do livrinho, de quem é?
(se calhar nem diz... :|)
Pois claro que diz. Está na foto do lado esquerdo. Tradução de Paulo Moreira, não conheço mas gostei.
Eu tenho isso emm mini-serie de 3 numeros,e ate gosto da historia,uma das melhores do Wolverine,a unica coisa que nã gosto nesse tpb é o papel que estraga as cores.
Abracos
Grimlock
Em primeiro lugar, obrigado pelo comentário, pois parece que já há pessoal a espreitar por estas bandas, o que é sempre bom. Um blog vive dos comentários que são feitos.
Quanto ao papel, realmente a edição ganhava mais se este tivesse uma gramagem maior. Penso que a escolha deste tipo de papel teve a ver com o facto de dar aquele ar mais antigo, o que foi conseguido, mas sem dúvida que mais gramagem daria mais qualidade à obra.
Abraço e volta sempre.
Enviar um comentário